Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida
Amar é triste
O que é que existe?
O amor
Ama, canta
Sofre tanta
Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade
Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus
Este é um dos muitos poemas de Vinícius de Morais entre tantos outros que eu adoro. Lembrei-me dele por vários motivos mas também a propósito destes bolinhos que são uma receita da minha avó e que segundo me recordo se ofereciam ás pessoas no final de um baptizado, casamento ou até no final de uma estadia de férias. Uma espécie de consolo para tornar a tristeza da despedida mais doce. Actualmente muitas pessoas vivem voltadas para si próprias, para o seu mundo, indiferentes aos sentimentos dos outros e esquecem-se de pequenos gestos, de palavras que podiam fazer de uma despedida um momento diferente em vez de a transformar numa mágoa profunda. Vamos pois fazer as "despedidas" para que sempre que chegar a hora do adeus, esta seja suave e doce.
Ingredientes:
500 gr de farinha sem fermento
80 gr de fermento de padeiro
1 dl de água morna
2 ovos
100 gr de açúcar
100 gr de manteiga levemente derretida
1 colher de chá de canela
1 colher de sobremesa de erva doce
100 gr de frutos secos ( passas, nozes, avelãs, amêndoas)
1 cálice de aguardente ou vinho do porto
raspa de 1 limão
Preparação:
Numa tigela abre-se um buraco e no centro deita-se o fermento de padeiro dissolvido com a água morna. Amassa-se com um pouco de farinha e deixa-se repousar essa pequena bola cerca de 15 minutos. Passado esse tempo adiciona-se o açúcar, os ovos a manteiga, a canela, a erva doce, os frutos secos, o vinho do porto ou aguardente e a raspa. Amassa-se e soca-se muito bem durante dez minutos, até formar uma bola. Se ficar muito mole vá juntando um pouco de farinha. Tapa-se com um pano e deixa-se levedar para o dobro. ( Para levedar mais rápido eu ligo o forno, deixo aquecer um pouco e desligo. Depois ponho a tigela lá dentro com esse calor).
Depois de levedada a massa retiram-se pequenas porções e fazem-se bolas, tranças, caracóis, o que a imaginação ditar. Acomodam-se num tabuleiro levemente untado de margarina, não muito próximas umas das outras porque crescem bem, pincelam-se com ovo batido e polvilham-se com açúcar. Cozem cerca de 15 minutos ou até ficarem lourinhos.
Ninguém gosta de despedidas, mesmo as mais docinhas deixam sempre uma tristeza e muitas saudades no coração. Mas ESTAS maravilhosas despedidas (e ainda mais especiais por serem receitas de um ente querido) não me importo de as enfrentar frequentemente!
ResponderEliminarO post está muito bonito com esse belo poema!
Beijinho e boa semana.
Despedida é sempre triste, e saudade magoa pra sempre...
ResponderEliminarOs bolinhos devem estar uma delícia..
beijinhos
Que bolinhos mais lindos! Bjs
ResponderEliminarAmélia,
ResponderEliminarAinda bem que há essas despedidas doces e deliciosas para amenizar esses momentos. Adoro pães doces, mas estou de dieta...
Bjs.
Se todas as despedidas fossem assim :) Maravilhosas!
ResponderEliminaras despedidas sao triste e delorososas
ResponderEliminareu que o diga que detesto despedir do namorado todas as semanas:-(
estes bolinhos vao me alegrar a barriguinha.
beijinhos
Olá Amélia (:
ResponderEliminarGostava que me ajudasse numas dúvidas culinárias se não fosse incómodo para si!
Agradeço a atenção,
beijinhos e parabéns pelo blog